A
banda The Chevelles se formou em Perth, Austrália, e seguiram
a tradição de bandas como Stems e Someloves (bandas que faziam o
clássico power pop/rock de garagem na época). Outras duas
importantes influências para a banda foram The Smithereens e The
Replacements. Vale lembrar que Richard Lane (guitar, teclados e
vocal) foi membro da banda Stems por cinco anos.
O nome
Chevelles vem de um carro lançado nos anos 60 na Austrália da marca
Chevrolet (este modelo de carro foi lançado para o público
feminino). A banda The Chevelles se apresentou pela primeira vez sob
este nome no Coronado Hotel em 15 de dezembro de 1989.
Em
sua primeira apresentação o pub onde tocaram ficou lotado. Para o
primeiro show de uma banda a apresentação do The Chevelles foi
simplesmente um sucesso. Todos queriam ver Richard Lane(ex-STEMS) em sua nova
banda. Por motivos óbvios o The Chevelles tocou naquele dia algumas
músicas do Stems, em forma de agradecimento aos presentes que
chegaram cedo para vê-los tocar.
Um dos grandes problemas do
The Chevelles, no início da carreira, foi o fato de que as pessoas
iam aos shows da banda e esperavam que eles tocassem músicas do
Stems. Fatos como este se repetiam por alguns anos, mais precisamente
enquanto Lane tocou na banda. Olhando para o passado o baixista
Halley e o guitarrista Smith admitem que a banda no início não
teria sobrevivido se o interesse pelo The Chevelles não tivesse sido
ligado ao Stems, e também pela pressão que existiu para que eles
fossem cada vez melhores.
É
claro que a combinação de Lane e Smith para compor foram fatores
cruciais para o sucesso deste grupo. O que fizeram juntos foi
excelente. Eles criaram um identidade própria para a banda, e a
mistura de pop, power pop e o rock do The Chevelles acabaram
ressuscitando a rica cena roqueira da cidade de Perth.
Em
agosto de 1990 o The Chevelles lançou o seu primeiro single, “Be
My Friend”/“She Don't Come Around”, seguido do EP “The Kids
Ain't Hip”, lançado em novembro de 1992 pelo selo independente
Zero Hour, de Sydney. Depois de lançados Adrian Allen substituiu
Lane na banda.
Em meados de 1992, abanda voltou ao estúdio de gravação e lançoi um novo single."Girl For Me", com dois b-sides, "Valentina" e "On My Mind".
Desde a aquela época o The Chevelles já assumia uma liderança entre as bandas independentes da cena de Perth. Eram constantemente chamados para abrir os shows de grandes bandas australianas da época como The Church, Hunters & Collectors e Baby Animals. Também abriram para algumas bandas internacionais como Billy Bragg e The Smithereens.
O
EP “The Kids Ain't Hip” foi lançado também na Europa. Com uma
boa repercussão pelo velho continente eles acabaram assinando um
contrato com a Survival, em 1992. Por este selo eles lançaram o CD
EP “Girl for Me”, no mês de outubro daquele ano. O single
“Murder on her Mind (janeiro de 1993) e o CD EP “Memories”
(abril), foram lançados como teste/prévia para o lançamento do
primeiro álbum da banda “Gigantic”, lançado no mês de junho de
1993.
Quando o The Chevelles estava pronto para encarar sua
primeira grande turnê australiana, o baterista fundador Guy Douglas
foi substituído por Mario Frisino e logo depois por
Martin Moon.
No final de 1993 o The Chevelles fez uma grande
turnê pela Europa, juntamente com as bandas australianas The Screaming
Tribesmen e Screamfeeder.
Em 1995 o The Chevelles lançou o álbum
“Rollerball Candy”, lançado apenas na Espanha. Passados três
anos apôs este lançamento o The Chevelles só voltou a lançar um
novo álbum em março de 1998, “At Second Glance”. Este trabalho
reúne composições da banda gravadas antes de 1985, incluindo
também algumas faixas de “Rollerball Candy”.
Por volta de setembro de 1997 o The Chevelles se aproximou do selo Spinning Top, para que eles ajudassem na distribuição e divulgação de “Rollerball Candy”. Spinning Top prontamente concordou em dar uma força.
A longa associação da Spinning Top com o selo americano Not Lame foi muito importante para o grupo. O manager da Not Lame, Bruce Brodeen, sempre se considerou um fã da música australiana e por diversas vezes já havia feito contratos com bandas da Austrália. Quando a Spinning Top ofereceu a Not Lame a oportunidade de lançar algum material do The Chevelles nos Estados Unidos, Bruce Brodeen simplesmente vibrou, pois conhecia a banda e o melhor, era fã.
Assim
que negociado os direitos de todo o catálogo antigo do The
Chevelles, Brodeen teve a idéia de reunir músicas anteriores ao ano
de 1992 e compilar uma seleção com as melhores faixas da banda para
lançar um “The Best of...” nos Estados Unidos, já que a banda
nunca havia lançado sequer um EP na terra do tio Sam.
Foi com
o álbum “At Second Glance”, lançado em 1998 pela Not Lame nos Estados Unidos e Spinning Top Records na Austrália, que o The
Chevelles entrou no mercado americano. “At
Second Glance” possui 13 faixas. O
último trabalho da banda a ser lançado na Austrália foi
“Gigantic”, em 1993.
Assim que o álbum começou a ser vendido, o baterista Julian Buckland acabou saindo da banda. Depois de algum tempo sem baterista finalmente Dave Shaw, amigo de longa data dos demais integrantes do The Chevelles e ex-Stems, acabou entrou definitivamente para assumir as baquetas.
Brodeen (Not Lame) fez a escolha da composição do álbum pessoalmente. Usou faixas mais melódicas para o gosto americano e não se esqueceu das faixas punks do álbum “Rolleball Candy”, como a faixa título, “Delirium”, e “Phenobarbitual Love”. Grandes rocks do álbum “Gigantic” também foram adicionados. Este mix de diferentes trabalhos do The Chevelles acabou rendendo positivas críticas para a banda nos Estados Unidos.
A divulgação do novo trabalho do The Chevelles foi intensa, especialmente em sua cidade natal, Perth. Algumas rádios australianas como Triple R e Triple J entre outras, asseguram uma forte divulgação da banda na Austrália. Já pelo lado dos Estados Unidos Brodeen ficou muito feliz com a vendas de “At Second Glance”, que em apenas dois meses conseguiu vender quase todo o material prensado. Graças aos novos fãs e também as várias rádios americanas que encomendaram o álbum, o The Chevelles finalmente conquistava seu lugar ao sol.
Não
se esquecendo do mercado Europeu, a Spinning Top Records e sua forte
relação com alguns selos na Europa, resolveu apostar na banda
fazendo o lançamento do EP “Mezmerized”. Este EP contém 4
faixas e foi lançado 6 meses depois de “At Second Glance” pelo
selo Francês Hellfire Club Records. As músicas do EP foram
extraídas do álbum “Rollerball Candy”.
Além do selo
Francês Hellfire Club Records, a banda também teve músicas suas
incluídas em coletâneas lançadas no Japão e outra pelo selo Suíço
Yesterday Girl Records, selos que juntamente com a Spinning Top
contribuíram na divulgação do The Chevelles.
Passando
por um ótimo momento o The Chevelles deu entrada em estúdio em maio
de 1999, para gravar 7 novas músicas. Esta foi a primeira vez que a
banda entrou em estúdio para gravar novo material desde “Rollerball
Candy”, álbum gravado havia 4 anos.
Três das novas
composições (incluindo uma clássica versão da banda Air Supplies,
“Lost in Love”) foram gravadas e cedidas a Spinning Top Records,
para que esta fizesse a divulgação da banda na Austrália, Europa e
Estados Unidos. Na verdade as músicas são cedidas/vendidas a
diferentes selos e gravadoras pela Spinning Top, para que estes selos
disponibilizem as tais faixas em futuras coletâneas.
Seis
meses antes de a banda ter entrado em estúdio, a Spinning Top
Records estava negociando com o novato selo Zip Records, de São
Francisco, na Califórnia. O entusiasmado Art Herman diretor/dono da
Zip, havia escutado uma demo de 3 faixas do The Chevelles e gostou
muito do que ouviu. Seu interesse pelo som da banda chegou a tal
ponto de querer lançar nos Estados Unidos um EP e um álbum completo
com faixas inéditas. A Zip Records ofereceu a banda uma quantidade
em dinheiro para que gravassem 7 novas faixas e ainda
deixaram de reserva mais uma quantidade em dinheiro para divulgação
e eventuais promoções.
O
primeiro lançamento após os contratos terem sido assinados foi o EP
de 5 faixas “Sunbleached”, lançado em outubro de 2000 pela Zip
Records. “Sunbleached” representou um marco na carreira da banda.
É deste EP que faixas como “Sonic” e “Stardust” (cover do
The Smiths) se tornaram as favoritas do público nos show ao vivo do
The Chevelles. Segundo os próprios membros da banda, foi na gravação
e composição deste trabalho que eles acharam uma combinação
perfeita entre melodic guitar, power pop e o som de garagem feito de
forma brilhante nos anos 60.
The Chevelles certamente estava no período mais criativo e produtivo de toda sua carreira. O ótimo momento da banda e um forte interesse do público espanhol no som do The Chevelles, fizeram com que a banda entrasse novamente em turnê pelo país. Além da Espanha, a Austrália e os Estados Unidos mostraram serem grandes mercados para o grupo. Para não deixar os fãs na mão, a banda selecionou 20 faixas para fazer parte da coletânea “Delirium”, álbum lançado em fevereiro de 2001. No Brasil este álbum foi lançado pela Tronador Music, selo de Ian Marshall.
Em 2002 ainda lançaram Sunseeker (Bittersweet Records) e Barbarella Girl God (Zip Records)
Formação
- Richard
Lane (guitar, keyboards, vocals; ex-Stems),
- Duane
Smith (guitar; ex-Freuds),
- Jeff
Halley (bass; ex-Kryptonics),
- Guy
Douglas (drums).
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